LIDERANÇA
Destro Macro Atacado é a 1ª entre as dez melhores empresas por faturamento no Paraná e a 4ª no Sul do País
Ranking ABAD/Nielsen 2023 teve a participação de 650 empresas que representam 53,8% do faturamento do setor
Com forte atuação no mercado atacadista em cinco estados brasileiros, a Destro Macro Atacado Secos e Molhados, do Grupo Destro, ficou em primeiro lugar entre as dez melhores empresas por faturamento no setor, no Estado do Paraná e a 4ª na região Sul do Brasil. A posição faz parte do Ranking Abad – Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores de Produtos Industrializados/NielsenIQ 2023 – ano base 2022, divulgado nesta quarta-feira (10).
De acordo com o levantamento, o destaque do Paraná é o Destro Macro Atacado, que segue na liderança do Ranking no estado, com faturamento de quase R$ 2,3 bilhões. Além disso, figura na quinta posição entre os dez maiores do país na modalidade Atacado Generalista com Entrega.
A empresa atende mais de 1,7 mil municípios e mais de 60 milhões de consumidores. A Destro Macro Atacado conta com centros de distribuição atacadista localizados em pontos estratégicos, sendo eles em Jundiaí (SP), Curitiba (PR), Cascavel (PR), Novo Hamburgo (RS) e Foz do Iguaçu (PR).
Essa história de sucesso tem mais de 60 anos e conta com o mais completo mix de produtos das categorias alimentar, bebidas, limpeza, perfumaria, bazar e escolar. A empresa também conta com ampla frota de veículos, que proporciona entrega rápida, precisa e de qualidade aliada a uma logística moderna.
O ESTUDO
O estudo aponta que o setor atacadista e distribuidor atingiu em 2022 faturamento de R$ 364,3 bilhões, a preço de varejo.
Com isso, o atacado distribuidor nacional registrou no ano passado expressivo crescimento nominal de +18,1% e real de +12,2% sobre o ano anterior, dado deflacionado pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), calculado pelo IBGE, que atingiu 5,93% em 2022.
O desempenho foi positivo em todos os modelos de operação, segundo os dados reportados na pesquisa. O “atacado de autosserviço”, que respondeu por R$ 84,5 bilhões do faturamento total dos respondentes, cresceu +23,6% sobre o ano anterior; o “distribuidor com entrega”, que atingiu R$ 70 bilhões, teve alta de +18,3% na mesma base de comparação; e o “atacado generalista com entrega”, com R$ 68,7 bilhões, cresceu +16,7%.
O presidente da ABAD, Leonardo Miguel Severini, comenta o bom momento do setor: “Colhemos os resultados de um processo continuado de modernização. Nossas empresas vêm se aperfeiçoando, nos últimos anos, no sentido de ganhar competitividade e eficiência operacional e logística. O setor está amadurecido, utilizando os melhores recursos de digitalização e automação em sua gestão, para poder consolidar-se como grande parceiro da indústria e oferecer uma proposta de mix rica e moderna, com categorias e tendências que refletem o momento do consumo da conveniência e do pequeno e médio varejo”.
Felipe Rutkosky, gerente de Desenvolvimento de Negócios da NIQ, lembra que, em 2022, o consumo teve o reforço dos programas de distribuição de renda (Auxílio Brasil) e que, embora mais da metade da renda mensal das famílias tenha sido despendida com a cesta básica, essa despesa é essencial e ajuda a movimentar todo o mercado mercearil.
Nesse cenário, diz Rutkosky, crescem as compras de abastecimento (acima de R$ 200 / mais de 20 itens), e das compras de reposição (entre R$50,01 e R$200,00 / entre 5 e 20 itens), em detrimento das compras de emergência (até R$50,00 / até 5 itens), revelando um consumidor mais contido e com maior planejamento. Além disso, para conseguir equilibrar as contas e conseguir reunir preço e conveniência, nos últimos 15 anos, o consumidor que se utilizava de apenas três canais de compras hoje se abastece em nove diferentes canais.
A pesquisa mostra, ainda, que o setor mantém uma participação de 52% no mercado mercearil nacional – mercado avaliado pela NielsenIQ em R$ 701,1 bilhões em 2022. Vale destacar que 2022 foi o 18º ano consecutivo em que esta participação permaneceu superior a 50%. O share alcançado é a porcentagem mais representativa desde 2019, quando, num cenário pré-pandemia, a participação do setor atingiu 53%. Os números reforçam a abrangência e importância do atacado distribuidor na economia brasileira.
O Ranking ABAD/Nielsen analisa anualmente os resultados e a atuação dos agentes de distribuição de todo o país, com informações relevantes para orientar planos estratégicos e investimentos do Canal Indireto. A Revista Distribuição, que completa 30 anos em 2023, é a responsável pela divulgação desde 1994, quando o estudo foi apresentado ao mercado pela primeira vez.
AMOSTRA ROBUSTA E REPRESENTATIVIDADE
O estudo traz também uma radiografia individual de todas as empresas participantes do Ranking, que neste ano somam 650 respondentes – amostra que corresponde, em faturamento, a R$ 231,4 bilhões ou 53,8% do total do setor.
Quanto ao número de empresas participantes do estudo, observa-se grande pulverização nas regiões, mas destacam-se por abrigar o maior número de respondentes: Rio de Janeiro (64), Distrito Federal (55), Alagoas (55), Paraná (48) e Santa Catarina (42).
Por outro lado, São Paulo, com 13 respondentes, e Minas Gerais, com 14, concentram a maior parte do faturamento do setor, respondendo, respectivamente, R$ 82 bilhões e R$ 20 bilhões dos R$ 231,4 bilhões apurados.
Observa-se no estudo que 50% do faturamento é apurado por 12 atacadistas, com Atacadão em primeiro lugar, com faturamento de R$ 74,4 bilhões. Extraindo o maior player nacional, 37 atacadistas respondem por 50% do faturamento.
Relativamente ao faturamento por modelo de negócios, o “atacado generalista de autosserviço”, Atacadão incluído, representa 36,5% do setor. Contudo, como o grande peso desse único participante (mais de 30% do faturamento dos respondentes) pode distorcer a percepção do conjunto do setor, algumas análises foram feitas sem a presença da empresa.
Assim, excluindo-se esse gigante do autosserviço, a maior participação no faturamento entre os respondentes do Ranking corresponde aos “distribuidores com entrega” (44,7%), seguidos pelo “atacado generalista com entrega” (37,9%), “atacado de autosserviço” (12,1%), “atacado de balcão” (4,4%) e “agente de serviços” (0,9%).
Em termos de número de empresas participantes da pesquisa, a maior parte (481 ou 40,6%) identifica seus negócios no formato “distribuidor com entrega”, modelo que indica acordo de exclusividade com a indústria. Outros 365 (30,8%) afirmam atuar no modelo “atacado generalista com entrega”, e 201 (17%) estão no modelo “atacado de balcão”. Já o “atacado de autosserviço” é o modelo de negócios de 84 respondentes (7,1%), enquanto 54 empresas (4,6%) se encaixam no modelo “agente de serviços”.
ÁREA DE ATUAÇÃO
Analisando-se a área de atuação, verifica-se que a maior parte dos atacadistas e distribuidores são concentrados em sua principal região de origem. Assim, 54% (352) deles, representando mais da metade da amostra, atuam em apenas 1 estado, mas respondem por 19% (R$ 44 bilhões) das vendas totais. Já 7% (45) das empresas atuam em 10 ou mais estados, respondendo por 50,6% (R$ 117 bilhões) do total de vendas, e apenas 2% (15) dos respondentes do Ranking atuam em todos os estados e respondem por 39,3% (R$ 91 bi) do faturamento total.
REGIÃO SUDESTE
O maior destaque no estado de São Paulo segue sendo o Atacadão, do grupo Carrefour, que com faturamento de R$ 74,47 bilhões encabeça a lista dos maiores do país tanto no ranking do modelo Atacado de Autosserviço quanto no ranking nacional geral, que abrange todos os modelos de atuação.
A Servimed, com faturamento de R$ 3,45 bilhões, manteve a segunda colocação no estado e é outra empresa paulista que integra os TOP 10 da região Sudeste, na quarta colocação. Ela também figura em sétimo lugar no ranking geral e em terceiro entre os TOP 10 da modalidade Atacado com Entrega.
De acordo com a pesquisa, o setor na região Sudeste como um todo responde por faturamento de R$ 120,94 bilhões dos R$ 231,36 bilhões apurados pelos respondentes do Ranking (ou 52,28% desse total), com crescimento de 18,5% em relação a 2021, acima da média nacional de 18,1%. Desse total, o estado de São Paulo contribuiu com R$ 82 bilhões, um crescimento de 25% sobre 2021.
São da região Sudeste 99 das 650 empresas respondentes da pesquisa, uma participação percentual de 15,23%. São Paulo contribuiu com 13 empresas participantes.