ECONOMIA
Dólar devolve alta inicial por exterior e recua após Copom 'hawkish'
Após oscilar perto da estabilidade nos primeiros negócios desta quinta-feira, 22, o dólar ensaia movimento de queda, batendo mínimas, a R$ 4,7514 (0,34%). A divisa americana opera com viés de baixa, sob efeito do Copom "hawkish".
Os juros futuros de curto e médio prazos sobem, com investidores precificando também o comunicado do Comitê de Política Monetária (Copom), que não indicou quando começará o processo de queda da taxa Selic, frustrando expectativas de analistas de que poderia sugerir uma suavização à frente. Nesta quarta-feira, 21, o juro básico foi mantido em 13,75% ao ano no País.
Mais cedo, o dólar chegou a subir levemente lá fora e ante o real, à máxima a R$ 4,7739 (+0,13%) no mercado à vista, em meio à queda de commodities e ecoando comentários do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, feitos na quarta na Câmara de Representantes americana.
Powell disse aos deputados ontem que quase todos os dirigentes votantes do Fed são a favor de mais altas das taxas de juros até o final do ano, uma vez que a inflação dos EUA segue muito acima da meta oficial, de 2% ao ano. O dirigentes volta a falar nesta quinta no Senado americano.
Na semana passada, o Fed deixou seus juros inalterados, na faixa de 5,00% a 5,25% ao ano, após dez aumentos consecutivos, e também sinalizou possíveis novas elevações ainda este ano.
Lá fora, o euro e a libra devolviam ganhos de mais cedo frente o dólar, com uma aparente realização após anúncios de elevações de juros por vários bancos centrais na Europa, como o da Inglaterra, da Turquia, da Suíça e da Noruega.
Às 9h35 desta quinta-feira, o dólar cedia 0,25%, aos R$ 4,7559, após mínima de R$ 4,7549, no segmento à vista.