Dólar recua e juros ficam estáveis com apetite por risco e produção industrial local fraca

O dólar opera em baixa na manhã desta sexta-feira, 2, seguindo a tendência externa em meio a apetite por ativos de risco, após os Estados Unidos evitarem um calote da dívida. Os juros futuros oscilam perto dos ajustes de quinta-feira, dia 1º, com alta dos retornos dos Treasuries e dólar fraco.

No mercado doméstico, o Senado aprovou a MP dos Ministérios do governo Lula. E os investidores estão digerindo também a queda da produção industrial brasileira em abril maior que a mediana projetada pelo mercado.


A produção industrial caiu 0,6% em abril ante março, na série com ajuste sazonal, divulgou nesta sexta o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado é mais fraco do que a mediana das projeções colhidas pelo Projeções Broadcast, que apontava queda de 0,3%. As estimativas iam de queda de 1,5% a alta de 0,7%. Em relação a abril de 2022, a produção caiu 2,7% ante mediana negativa de 1,7% (intervalo de -4,1% a +0,5%). No acumulado do ano, que tem como base de comparação o mesmo período do ano anterior, a indústria teve uma queda de 1,0%. Em 12 meses, a produção acumula recuo de 0,2%.

No câmbio, a queda do dólar é modesta ante moedas emergentes e outras principais em meio à espera do novo relatório de emprego dos EUA em maio, o chamado payroll (9h30). O petróleo estende ganhos e sobe perto de 2%, após o Senado dos EUA aprovar o projeto de lei do teto da dívida, evitando um calote, e no aguardo da reunião da Opep+, no domingo (4). O payroll deve dar pistas para a decisão do Fed do próximo dia 14 em meio a expectativa crescentes nos últimos dias nos mercados de que o Fed possa parar de subir juros.

Às 9h17 desta sexta, o dólar à vista recuava 0,30%, a R$ 4,9914, após mínima a R$ 4,9864. O dólar julho caía 0,55%, a R$ 5,0165.