Dunga é liberado após audiência de custódia

Vereador de Araçatuba foi preso em flagrante por posse de uma arma de fogo com numeração raspada durante a operação “Ligações Perigosas”

Dunga é liberado após audiência de custódia - TV Câmara/Reprodução


O vereador de Araçatuba Antonio Edwaldo Dunga Costa, do União Brasil, passou por audiência de custódia na manhã deste sábado (7) em Araçatuba. O vereador estava preso desde a manhã de sexta-feira, quando policiais cumpriram um mandado de busca e apreensão na residência dele e encontraram uma arma com numeração raspada.


Segundo o comando da operação, Dunga não era alvo de mandado de prisão, mas apenas de busca e apreensão. A prisão em flagrante aconteceu por causa da arma irregular.

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Em um vídeo divulgado na rede social Instagram, gravado pouco antes da prisão, Dunga afirmou que não tem envolvimento com atividades criminosas e que foi incluído na operação por causa de um ex-assessor que, há dois anos, não estaria mais ligado ao gabinete dele.

OPERAÇÃO

A operação Ligações Perigosas foi comandada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público de São Paulo (MPSP), com o apoio da Polícia Civil e da Polícia Militar. O objetivo foi desmantelar as atividades da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) na região de Araçatuba, especialmente sua infiltração na política local, além de combater o tráfico de drogas e solucionar homicídios.

O esforço conjunto entre o Gaeco e o Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) de Araçatuba resultou na emissão de 35 mandados de prisão temporária e 104 mandados de busca e apreensão, expedidos pela 1ª e 2ª Varas Criminais de Araçatuba. As ações foram realizadas em 13 cidades do estado de São Paulo e uma no Mato Grosso do Sul.

Duas unidades prisionais também foram alvo de mandados de busca, já que líderes da facção utilizavam esses locais para emitir ordens que fomentavam a prática de crimes em Araçatuba.

O principal objetivo da operação é desmantelar a rede de comunicação e logística do PCC na região, combatendo a facção por meio de prisões e apreensões.

MORTE

Um homem morreu baleado durante a operação. Fabrício de Melo Silva, de 25 anos, teria reagido durante o cumprimento de um mandado de busca e apreensão e de prisão temporária realizado por equipe do Baep (Batalhão de Ações Especiais de Polícia). Ele era um dos alvos da operação.