Educadora que dopou crianças em Votuporanga é condenada a 5 anos no semiaberto

O Tribunal de Justiça do Estado de SP condenou a cinco anos de prisão no regime semiaberto, a educadora acusada de dopar crianças e bebês com calmantes de tarja preta, em uma creche de Votuporanga (SP). O caso foi denunciado em abril de 2019 pela mãe de um dos alunos, que percebeu alteração no comportamento do filho após o período escolar.

A sentença foi proferida pelo juiz Dr. José Guilherme Urnau Romera, da 2ª Vara Criminal e da Infância e Juventude do município.

Segundo a denúncia do Ministério Público, no dia 18 de outubro de 2018, na creche CEMEI Valter Peresi, na cidade, a educadora ministrou o medicamento Clonazepam a um bebê de apenas 11 meses de vida. Ainda de acordo com o MP, o ato foi considerado ‘motivado por motivo torpe, realizado sem autorização ou desacordo com determinações legais e regulamentares’.

Após perceber sonolência no filho, a mulher o levou até o hospital. Outras mães também começaram a relatar os mesmos sintomas e procuraram a Justiça. Uma sindicância interna foi feita na unidade para apurar os fatos. 

A educadora foi afastada do cargo e depois demitida. 

O medicamento foi constatado no sangue das vítimas após exames químico-toxicológicos. Laudos do circuito de segurança da unidade também confirmaram os maus-tratos. Testemunhas afirmaram terem visto a ré dando o calmante para os bebês, câmeras de segurança flagraram a ação e as imagens captadas foram apresentadas junto à denúncia do MP. 

Ela poderá recorrer em liberdade.

Na época, o SBT Interior acompanhou o caso. Assista a reportagem abaixo: