CONDENADO POR ESTUPRO
Em Tremembé, Robinho vai passar uma semana em cela separada
Ex-jogador, condenado a nove anos de prisão por estupro coletivo cometido na Itália, se entregou à polícia na noite da última quinta-feira (21)
O ex-jogador Robinho chegou ao complexo penitenciário de Tremembé, no interior de São Paulo, no início da madrugada desta sexta-feira (22).
Robinho se entregou à polícia na noite de quinta (21), em Santos, no litoral sul paulista. Antes de ser levado para o presídio, o ex-jogador passou por audiência de custódia e exame de corpo de delito no IML. Mais cedo, o ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou pedido de habeas corpus da defesa do ex-jogador.
O atleta vai ficar uma semana em uma cela separada dos outros detentos, no período de adaptação. Até o banho de sol será monitorado; o advogado dele também teme pela segurança do cliente. Depois, ele será transferido para uma cela comum.
Na quarta (20), o Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu que Robinho deverá cumprir no Brasil a pena por estupro a que foi condenado pela Justiça italiana.
Relembre o caso
Uma jovem albanesa de 23 comemorava o aniversário em uma boate em Milão quando foi vítima de um estupro coletivo cometido por Robinho e amigos. Na época, em 2013, Robinho jogava no Milan. A condenação em primeira instância ocorreu em 2017, quando ele era jogador do Atlético-MG e, portanto, já não estava na Itália.
O julgamento que culminou na condenação em terceira e última instância se deu em 2022, definindo pena de nove anos de prisão. Ricardo Falco, amigo do ex-atleta, também recebeu a mesma sentença.
De início, o governo italiano pediu a extradição de Robinho, mas a Constituição Federal não permite essa medida para brasileiros natos. O país europeu solicitou, então, a homologação da pena — ou seja, que o condenado cumpra a pena no Brasil.
Na quarta (20), o STJ acatou a solicitação por maioria simples e homologou a sentença. Assim, o ex-atleta passaria a cumprir os nove anos em regime fechado imediatamente.
Votaram pela homologação da sentença o relator do caso, Francisco Falcão, e os ministros Humberto Martins, Herman Benjamin, Luís Felipe Salomão, Mauro Campbell Marques, Isabel Gallotti, Antonio Carlos Ferreira, Ricardo Villas Boas e Sebastião Reis. Raul Araújo e Benedito Gonçalves foram divergentes.