Empresário que liderava organização criminosa que furtava e roubava gados no Noroeste Paulista é preso

Ação foi feita na manhã da quinta-feira (25) pela Delegacia de Investigações Gerais

Empresário que liderava organização criminosa que furtava e roubava gados no Noroeste Paulista é preso - Divulgação/ DEIC Rio Preto


A Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de São José do Rio Preto, no interior de São Paulo, prendeu na manhã da quinta-feira (25) um pecuarista e empresário do setor de distribuição de carnes apontado como líder de uma organização criminosa especializada no furto e roubo de gados que tinha como alvo propriedades rurais do Noroeste Paulista.


Segundo informações da Delegacia Especializada em Investigações Criminais (DEIC), o homem foi encontrado no sítio da família dele, em Mirassol (SP). Para cumprir os dois mandados de prisões preventivas expedidos pela Justiça de SP, a DIG deflagrou uma operação que contou com todos os seus policiais civis e o apoio de outras subunidades da DEIC, como a Delegacia de Homicídios e também o Grupo de Operações Especiais, o GOE.

Os policiais fizeram um cerco em todas as casas próximas da propriedade e prenderam o bandido. Ele foi encaminhado para a carceragem da DEIC.

A INVESTIGAÇÃO

As investigações iniciaram a partir de um roubo em uma propriedade rural em José Bonifácio (SP). Durante os anos de 2020 e 2021, a DIG notou um acréscimo considerável na quantidade de roubos e furtos de gados em sítios e fazendas. Em algumas das ações o bando, portando armas de fogo, rendia os moradores causando terror às vítimas. Algumas delas eram crianças que estavam com os pais.

A partir das ocorrências, a Delegacia Especializada iniciou uma série de ações para identificar e prender os envolvidos, além de recuperar os animais, veículos e materiais roubados.

Durante os trabalhos, a polícia prendeu em 2021 pessoas envolvidas e recuperou 150 cabeças de gado. Foram apreendidos 7 caminhões e carretas utilizadas no transporte ilegal, além de 2 carros utilizados pelos “olheiros” que selecionavam as vítimas. À época, houve uma grande operação policial nas cidades paulistas de Guaiçara, Lins, José Bonifácio, Mirassol e Ouroeste. 

EMPRESÁRIO E CRIMINOSO

A Polícia Civil explicou que uma organização criminosa como essa, com divisões de tarefas e métodos profissionais de agir, sempre tem um destinatário para tanto gado subtraído. Os policiais, ao aprofundar as investigações, suspeitaram que o pecuarista e empresário seria o destinatário dos animais. Inclusive, o conjunto de provas levantadas na investigação apontou que ele seria o coautor de um assalto a uma propriedade rural de Borborema (SP) ao garantir aos executores do crime a compra dos bovinos.

Além disso, ainda segundo a Polícia Civil, havia indícios de que ele comprava gado por preço abaixo do mercado do subtraído de outras vítimas, caracterizando em tese a receptação qualificada.

Portanto, de acordo com a DEIC, ficou comprovado que o homem agia liderando os outros criminosos. A prisão do homem encerra uma longa investigação que fez cair drasticamente os roubos e furtos de gados na região de Rio Preto.