NÃO ACEITAVA O FIM
Ex-marido de enfermeira acusado de feminicídio vai a Júri Popular
Juliana Landin Simão tinha 37 anos e morreu asfixiada no apartamento que morava, em São José do Rio Preto (SP)
Deve ser condenado nesta quinta-feira (25/4) pelo Tribunal do Júri, Cícero Gomes Lima, acusado pelo Ministério Público de ter matado a ex-mulher Juliana Landim Simão, de 37 anos. A enfermeira trabalhava no Hospital de Base e foi assassinada em janeiro de 2019, no apartamento que ela morava, no bairro São Manoel.
O MP pede que o réu seja condenado por homicídio com quatro qualificadoras: feminicídio, motivo torpe, vingança e mediante surpresa. A vítima morreu asfixiada; o corpo de Juliana foi encontrado por familiares dois dias após o crime, com as mãos e os pés amarrados; ela também estava com uma fita adesiva na boca e tinha sinais de enforcamento.
Após matar a ex-mulher, Cícero usou o celular dela para enganar seus parentes e amigos, se passando pela enfermeira, enquanto fugia com o carro dela para o nordeste.
A motivação do crime, de acordo com a acusação, é porque o réu não aceitou o fim do relacionamento de 10 anos que tinha com a vítima. Juliana já havia dado um prazo para ele sair do apartamento, mas Cícero ainda continuava morando com ela. Juliana tinha uma filha de 6 anos com Cícero, que na época do crime estava passando as férias na casa dos avós.
O resultado do Júri Popular deve sair ainda hoje.