CASO GIOVANA
Família faz protesto e pede justiça por adolescente encontrada morta
Giovana Pereira Caetano de Almeida, de 16 anos, desapareceu após entrevista de emprego; empresário é o principal suspeito
Familiares e amigos de Giovana Pereira Caetano de Almeida, de 16 anos, realizaram um protesto na tarde desta quinta-feira (31), em frente à empresa Global Recuperadora de Caminhões, em São José do Rio Preto. Eles levaram cartazes e usaram camisetas pedindo justiça. A empresa pertence a Gleison Luís Menegildo, de 45 anos, principal suspeito da morte da adolescente.
Giovana estava desaparecida desde dezembro do ano passado, após participar de uma entrevista de emprego na recuperadora de caminhões. No dia 28 de outubro, a Polícia Militar recebeu uma denúncia sobre um corpo enterrado em uma propriedade rural de Nova Granada. Os policiais foram até o local e questionaram o caseiro, que confirmou a denúncia e indicou o local onde o corpo estava enterrado. Ele declarou que havia ajudado a ocultar o corpo sob as ordens do empresário, dono da propriedade.
Os policiais então foram até Rio Preto e abordaram o suspeito, que inicialmente negou o crime, mas depois alegou que a adolescente teria sofrido um mal súbito após consumir cocaína e praticar sexo com um funcionário dele, após a entrevista de emprego. O empresário negou ter mantido relações sexuais com a menor.
Segundo o empresário, ele entrou em desespero ao perceber que a adolescente havia morrido e decidiu ocultar o corpo. Tanto ele quanto o caseiro foram presos em flagrante por ocultação de cadáver e posse ilegal de arma de fogo, já que uma arma foi encontrada na propriedade. No entanto, ambos foram liberados após o pagamento de fiança de R$ 15 mil, no caso do empresário, e R$ 6,6 mil, no caso do caseiro. Os dois respondem ao processo em liberdade.
O caso foi inicialmente registrado na delegacia de Nova Granada, mas, a pedido do Ministério Público, foi transferido para a 3ª Delegacia de Homicídios, vinculada à Divisão Especializada de Investigações Criminais (Deic) de Rio Preto, devido à complexidade do crime. A Justiça também determinou a quebra de sigilo telefônico de dois celulares apreendidos com o empresário e de um telefone do caseiro.