Familiares se despedem de médica morta em Vinhedo; velório acontece em Fernandópolis

Arianne Albuquerque Esteval Risso é uma das 62 vítimas que morreram no trágico acidente aéreo em Vinhedo (SP), na sexta-feira da semana passada (9/8)

Familiares se despedem de médica morta em Vinhedo; velório acontece em Fernandópolis - Victor Garcez/ SBT Interior


 


O corpo da médica Arianne Albuquerque Esteval Risso, morta aos 34 anos, no acidente aéreo envolvendo um avião da Voepass na última sexta-feira (9/8), em Vinhedo (SP), chegou em Fernandópolis (SP), onde já está sendo velado.  O enterro está marcado para às 15h deste sábado. 

Várias coroas de flores em homenagem a médica residente do curso de oncologia colorem o espaço e amenizam o ambiente, tomado pelo sentimento de dor. 

Marido, mãe e os sogros de Arianne participam do cerimonial, com orações, vídeo de homenagem, louvores de músicas gospel e pregações da Palavra de Deus com reflexões ministradas pelos pastores Marcelo e Kinyar, na Primeira Igreja Batista. 

Arianne estudou medicina e se formou em Fernandópolis, na região. Ela também se casou na cidade e fazia residência em oncologia. A médica estava em Cascavel (PR) e iria a um congresso.

Ela pretendia formar uma família com o marido após concluir o período, mas os planos e sonhos do casal foram ceifados junto com sua vida.

Nas redes sociais e em entrevistas para emissoras de TV e outros veículos de comunicação, o marido dela, Leonardo Risso, 35 anos, disse que Arianne “era a pessoa mais amável e bondosa do mundo” e que tudo o que aconteceu “foi uma injustiça’.

 

A mãe da médica, Fátima Albuquerque, que mesmo abalada arruma forças para falar com a imprensa sobre a necessidade de atenção e melhorias a serem feitas pelas companhias aéreas, falou em rede nacional que a aeronave da Voepass era uma ‘lata velha’ e que o acidente foi uma ‘tragédia anunciada’.

“Isso não foi fatalidade. Foi culpa da ‘voemorte’, foi culpa da ganância humana”, afirma. “Aquilo não era um avião, era uma lata velha. Foi uma tragédia anunciada [...] “Não vou me calar. Essas pessoas têm nome, têm história, e eu preciso lutar pela minha única filha, que eu perdi. Agora é um vazio”, disse emocionada em uma coletiva. 

(Matéria atualizada às 13h36)