'Gatonet': Operação combate uma das maiores organizações criminosas de pirataria digital do Brasil​

Ação realiza buscas em nove cidades de cinco estados diferentes; sede da organização fica na região de Araçatuba (SP)

'Gatonet': Operação combate uma das maiores organizações criminosas de pirataria digital do Brasil​ - Reprodução


Uma força tarefa da Polícia Civil, Ministério Público e a ​​Associação de Combate à Pirataria Digital​ deflagrou uma operação nesta terça-feira (29) para combater​ uma das maiores organizações criminosas de pirataria digital do Brasil​, que atua no fornecimento ilegal de sinais de TV por assinatura, o chamado “gatonet”.


​A Operação "A Firma" é resultado de uma investigação que durou oito meses e identificou que a organização criminosa, que tem sede em Penápolis (SP), era responsável por manter em funcionamento uma sofisticada rede de fornecimento ilegal de conteúdo audiovisual, com ramificações em outros estados e dezenas de milhares de pontos de acesso ilegal espalhados pelo país.



Os agentes cumprem, nesta terça, buscas em nove cidades de cinco estados diferentes. São eles: São Paulo, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Bahia.

De acordo com a polícia, o chefe da organização criminosa havia sido preso em novembro de 2020 e respondia solto por manter uma gigantesca central de distribuição de conteúdo audiovisual com violação de direitos autorais. "O processo criminal em andamento não impediu a organização criminosa de continuar o seu intento criminoso e o branqueamento desses valores obtidos ilegalmente", diz a nota da Polícia Civil.

BLOQUEIOS

​Por conta dos indícios de lavagem de dinheiro, a 2ª Vara Criminal de Penápolis ainda determinou o bloqueio e indisponibilidade de todos os ativos financeiros, incluindo criptoativos de oito pessoas físicas e cinco empresas constituídas para a lavagem de dinheiro. Houve ainda a determinação de bloqueio de dezenas de domínios e IPs utilizados para a manutenção da rede ilegal de streaming.

​Ao todo, na região de Araçatuba, 53 policiais civis foram mobilizados para a operação, além de sete policiais técnico-científicos e dois peritos/técnicos da Associação de Combate à Pirataria Digital​. 

Ainda participaram da operação ​equipes do ​Deic de São Paulo, da Polícia Civil do Rio de Janeiro, Santa Catarina,​ Rio Grande do Sul e da Polícia Civil da Bahia, servindo ​de apoio de mais quatro peritos/técnicos da ​​associação.