IBGE diz que pobreza no Brasil caiu 5,1% em 2022

Números mostram que, ano passado, 67,8 milhões de pessoas estavam na pobreza e 12,7 milhões na extrema pobreza; mulheres pretas ou pardas com filho tiveram maior índice

IBGE diz que pobreza no Brasil caiu 5,1% em 2022 - Agência Brasil


A pobreza no Brasil caiu para 31,6% no ano de 2022, após ter atingido 36,7% em 2021. Os dados foram divulgados pela pesquisa Síntese de Indicadores Sociais, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), nesta 4ª feira (6.dez). 


Segundo a pesquisa, no ano passado foram contabilizadas 67,8 milhões de pessoas na pobreza e 12,7 milhões (5,9%) na extrema pobreza. Ante 2021, esses contingentes recuaram para 10,2 milhões e 6,5 milhões de pessoas, respectivamente.

Pessoas em extrema pobreza são aquelas que vivem com menos de R$ 200 por mês. Em 2022, o número representou 5,9% da população, após ter alcançado 19,6 milhões de pessoas em 2021, o equivalente a 9% dos brasileiros.

Os dados de pobreza extrema levam em consideração os parâmetros do Banco Mundial de US$2,15/dia para extrema pobreza e de US$ 6,85/dia para a pobreza, em termos de Poder de Paridade de Compra (PPC) a preços internacionais de 2017. 



A desigualdade social-racial segue em alta discrepância. Entre as pessoas pretas ou pardas, 40% estavam na linha da pobreza, praticamente o dobro da taxa da população branca, que atingiu 21%. 

A maior incidência de pobreza segue incidindo sobre mulheres pretas ou pardas, sem cônjuge e com filhos menores de 14 anos: 72,2% deste grupo são pobres e 22,6% estão na extrema pobreza.

O arranjo domiciliar formado por mulheres pretas ou pardas, sem cônjuge e com filhos menores de 14 anos concentrou a maior incidência de pobreza: 72,2% dos moradores desses arranjos eram pobres e 22,6% eram extremamente pobres.

Outro ponto alarmante é a pobreza de crianças e adolescentes até 14 anos. Segundo o IBGE, em 2022, 49,1% deste grupo eram pobres e 10,0%, extremamente pobres. Na população idosa (a partir de 60 anos), 14,8% eram pobres e 2,3%, extremamente pobres.