Inadimplência na cidade de São Paulo recua a 25,5% em dezembro

Segundo a federação, a maior redução no número de lares com contas em atraso foi registrada entre famílias que possuem renda de até dez salários mínimos

Inadimplência na cidade de São Paulo recua a 25,5% em dezembro - Diogo Moreira/GovSP



A inadimplência das famílias que moram na cidade de São Paulo atingiu 25,5% em dezembro de 2022, segundo a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado (FecomercioSP) Ao todo, 1,03 milhão de lares paulistanos estavam inadimplentes em dezembro.



O total foi menor do que o registrado em novembro, quando 25,8% das famílias paulistanas estavam inadimplentes, mas representa um acréscimo de 223 mil lares (5,3%) em relação a dezembro de 2021. Apesar da queda ainda pequena na margem, o cenário mostra o início de um ciclo de redução das famílias com contas em atraso, na avaliação da FecomercioSP.

Segundo a federação, a maior redução no número de lares com contas em atraso foi registrada entre famílias que possuem renda de até dez salários mínimos, de 31,8% em novembro para 31,2% em dezembro. Entre as famílias com renda superior a dez salários mínimos, a inadimplência passou de 11,0% em novembro para 11,1% em dezembro.

Endividamento

A pesquisa apurou que 74,0% das famílias paulistanas estavam endividadas em dezembro, menor que o volume registrado em novembro (76,3%). Ao todo, são 2,98 milhões de lares da cidade de São Paulo com algum tipo de dívida. O total de famílias endividadas também apresentou queda em relação a dezembro de 2021, quando havia atingido 74,5%.

O número de endividados no cartão de crédito caiu de 85,0% em novembro para 84,6% em dezembro. Também houve queda no endividamento em carnês (15,6% para 15,1%). Em contrapartida, a FecomercioSP apurou avanço no endividamento com financiamento de carro (11,7% para 12,0%).

A retração do endividamento foi puxada pelas famílias de renda mais baixa, avalia a FecomercioSP, passando de 79,9% em novembro para 76,9% em dezembro. Entre famílias com renda mais elevada, a taxa passou de 65,8% para 65,5%.