Justiça nega habeas corpus a motorista que atropelou e matou jovem após festa

Estefany Ferreira Medina tinha 20 anos e aguardava um motorista de aplicativo quando foi atingida pelo carro desgovernado

Justiça nega habeas corpus a motorista que atropelou e matou jovem após festa - Arquivo pessoal


O Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo negou o pedido de habeas corpus a favor do motorista que atropelou e matou a jovem Estefany Ferreira Medina, de 20 anos, após uma festa em Cedral (SP). O crime aconteceu na manhã do último domingo (29).


De acordo com o documento assinado pelo juiz relator Amable Lopez Soto, a defesa do acusado alegou que não houve situação de flagrante para a prisão do cliente e que Stefany estava em um local de pouca visibilidade.

No entanto, Soto frisa que a “a decretação da prisão cautelar é o único meio adequado para impedir a reiteração delitiva”.  Veja o trecho abaixo:

“O indiciado estava alcoolizado no momento do acidente, dirigindo de forma perigosa e em velocidade incompatível com a via, além disso, não prestou o socorro devido. No mais, o flagranteado fugiu do local do delito, mesmo depois de ver a vítima caída ao solo, o que dificultou a colheita das provas. Assim, a decretação da prisão preventiva se justifica pela conveniência da instrução criminal, especialmente pelo fato do custodiado na hipótese de responder o processo em liberdade poder influenciar no depoimento das testemunhas, prejudicando a colheita isenta das provas. Ademais, diante da grande repercussão social do crime, tendo em vista que a vida de uma jovem foi ceifada, cabível a decretação da prisão preventiva para a garantia da ordem pública. Friso que a decretação da prisão cautelar é o único meio adequado para impedir a reiteração delitiva”. 

O autor do atropelamento que tirou a vida de Estefany tem 23 anos e cursa psicologia. Mensagens trocadas pelo WhatsApp entre ele e um amigo confirmam que após atropelar a vítima, o jovem fugiu sem prestar socorro.  Veja abaixo:



 



 

Após atropelar e abandonar Estefany, o autor foi até a casa dele em Guapiaçu (SP), e foi preso pela Polícia Militar após o pai dele autorizar a entrada dos policiais na residência. Ele estava dormindo no momento da prisão. 

Na última quarta-feira (1º), o delegado José Rubens Macedo Paizan concluiu o inquérito e indiciou o rapaz por homicídio duplamente qualificado.  Ele segue preso no Centro de Detenção Provisória (CDP) de Rio Preto.