‘Trap’: moradora de Rio Preto é vítima de quadrilha que ameaçava e extorquia modelos

Policiais civis do Distrito Federal cumpriram mandados da Operação Trap em São José do Rio Preto (SP) e em cidades de outros estados

‘Trap’: moradora de Rio Preto é vítima de quadrilha que ameaçava e extorquia modelos  - Divulgação/ PCDF


Policiais civis do Distrito Federal, com o apoio do Grupo de Operações Especiais (GOE) de São José do Rio Preto, no interior de SP, localizaram na cidade uma mulher, vítima de uma quadrilha desarticulada na Operação Trap, deflagrada nesta quinta-feira (14/3), em Samambaia, no Distrito Federal.


Outras vítimas foram identificadas no DF e nos estados de Goiás, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo.

Foram cumpridos sete mandados de busca e apreensão em Ceilândia (DF), no Gama (DF), em Jaboatão dos Guararapes (PE), em São Paulo e em Rio Preto (SP).

Falsa agência, vídeos eróticos e extorsão

A quadrilha agia criando perfis falsos de agência de modelos no Instagram, depois aliciava jovens modelos e influenciadoras para produzirem vídeos de conteúdo erótico e sensual, com a promessa de pagamentos no valor de RS$ 150 mil ( 745,5 mil reais). 

A falsa agenciadora pedia para as vítimas enviarem cópias de seus documentos pessoais e vídeos eróticos; depois enviava para as modelos prints de supostas contas bancárias com valores milionários, dizendo que esses números foram alcançados por meio do trabalho.

Segundo a polícia, a falsa agenciadora dizia que um homem sentiu interesse em ter uma videochamada erótica com a escolhida e que pagaria bem pelo serviço. Após a modelo fazer a chamada ao vivo, o homem dizia que não ia pagar porque "ela não realizou suas vontades como ele queria".

Em seguida, as vítimas passavam a receber, de outro número, os próprios vídeos eróticos, com uma mensagem informando que aquele celular havia sido roubado e que, se ela não pagasse o valor determinado, os materiais seriam expostos em redes sociais na internet. 

Veja o trecho de uma das conversas abaixo:

(Divulgação/ Polícia Civil DF)

Com medo, as mulheres pagavam a quantia; algumas delas foram obrigadas a ter relações sexuais com homens aleatórios mediante fraude.

Localização da vítima

Com as informações coletadas e o apoio do GOE de São José do Rio Preto, os policiais do Distrito Federal foram até a casa da mulher, que seria uma suposta vítima.

Ela recebeu os investigadores e confirmou que foi enganada pelo grupo. Ela foi convidada a dar seu depoimento na Divisão Especializada em Investigações Criminais (DEIC).

A investigação continua em andamento. 

Alerta

A Deic alerta para esse tipo de crime e de outros delitos semelhantes. Com o aumento do uso de inteligência artificial, há tendência de crimes virtuais ficarem mais sofisticados.