Mirandópolis decreta estado de calamidade pública e adota racionamento de água

Seca prolongada em 2024 levou a medidas emergenciais

Mirandópolis decreta estado de calamidade pública e adota racionamento de água - Primeiro Impacto Interior/Reprodução


A cidade de Mirandópolis, localizada no interior de São Paulo, enfrenta uma grave crise no abastecimento de água devido à prolongada estiagem de 2024. A situação crítica levou a prefeitura a decretar estado de calamidade pública, conforme divulgado em decreto no último dia 20. A medida foi tomada com base em um relatório do Serviço Autônomo de Água e Esgoto de Mirandópolis (SAAEM), que alertou para os níveis extremamente baixos das represas e mananciais que abastecem a cidade. Uma das represas está próxima do volume morto.


Diante do cenário de seca severa, o município adotou o racionamento de água, com a redução da pressão no fornecimento das 6h às 18h. A medida tem como objetivo garantir o abastecimento a todas as regiões, mas, segundo Mateus Pazzinato, diretor do SAAEM, as áreas mais altas da cidade estão sendo as mais afetadas.

A população também foi orientada a economizar água para evitar o colapso total do sistema de abastecimento. A previsão do Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC) é que o período de seca se prolongue nas próximas semanas, o que torna a situação ainda mais delicada.

Além das ações emergenciais para manter o fornecimento de água, a administração municipal, em parceria com a Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, busca a liberação de recursos para aquisição de novos equipamentos e adaptação da infraestrutura de captação e distribuição.

Outro ponto de atenção no decreto de calamidade pública é a prevenção de incêndios, uma vez que a seca também tem aumentado o risco de queimadas na região. O racionamento de água e as ações preventivas são vistas como fundamentais para proteger a população e evitar um cenário ainda mais grave.