Luiz Antônio Fleury Filho, ex-governador de São Paulo, morre ao 73 anos

A causa da morte não foi revelada, mas seu partido, o MDB, confirmou a informação nas redes sociais

Luiz Antônio Fleury Filho, ex-governador de São Paulo, morre ao 73 anos - Reprodução/Arquivo/Mauricio Garcia de Souza/Alesp


O ex-governador de São Paulo Luiz Antônio Fleury Filho, 73, que comandou o Estado entre os anos de 1991 e 1994, faleceu nesta terça-feira, 15, aos 73 anos de idade. A causa da morte não foi revelada, mas seu partido, o MDB, confirmou a informação nas redes sociais.


"Lamentamos a morte de Luiz Antônio Fleury Filho, que foi governador de São Paulo entre 1991 e 1994. Foi deputado, promotor de Justiça e professor. Filiado ao MDB-SP, ele era membro da Executiva Estadual. Nossas condolências a familiares e amigos", diz a nota assinada pelo presidente nacional da sigla, Baleia Rossi.

Fleury nasceu em 30 de março de 1949 em São José do Rio Preto e foi criado em Porto Feliz (SP).

Aos 15 anos, foi admitido, por concurso, na Academia da Policia Militar de São Paulo, como aluno interno. Depois ficou nove anos na corporação, chegando a patente de tenente.

Em 1973, formou-se bacharel em Direito pelas Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU), e, no mesmo ano, foi aprovado como promotor para o Ministério Público estadual.

Fleury foi eleito 1° vice-presidente da Associação Paulista do Ministério Público entre 1980 e 1982, 1° vice-presidente da Confederação Nacional do Ministério Público, entre 191 e 1983, e presidente da Associação Paulista do Ministério Público, de 1982 a 1986.

Em 1987 ele foi nomeado secretário da Segurança Pública, ficando no cargo até meados de1990. Fleury também chegou a ser deputado federal por dois mandatos pelo PMDB.

MASSACRE DO CARANDIRU

Em 1992, ele era o governador de SP quando a PM invadiu o Complexo Prisional da Casa de Custódia do Carandiru, onde 111 presos foram mortos, no caso que ficou conhecido como Massacre do Carandiru.

Nem ele, nem o então secretário de Segurança Pública, Pedro Franco de Campos, foram investigados ou responsabilizados pelas mortes.

O Ministério Público afirmou que a ordem para a invasão foi do tenente-coronel da PM, Ubiratan Guimarães, que foi condenado a 632 de prisão por 102 mortes no complexo, mas tornou-se deputado estadual pelo PTB em 2006 e passou a ter foro privilegiado. Mais tarde, ele foi absolvido pelo Tribunal de Justiça (TJ) em São Paulo.