Oficial do Hamas diz que reféns só serão libertados após acordo de cessar-fogo com Israel

Um oficial do Hamas afirmou que reféns em posse do grupo extremista só serão libertados após acordo de cessar-fogo com Israel. A informação foi noticiada pelo jornal russo Kommersant nesta sexta-feira (27) e repercutida por diversas agências de notícias internacionais. 

Abu Hamid, membro do grupo entrevistado pelo veículo russo, integrou uma delegação do Hamas que visitou Moscou nessa quinta-feira (26).

Dmitry Peskov, porta-voz do Kremlin, explicou que a Rússia quer manter contato com todos os lados envolvidos no conflito e descartou envolvimento militar do país. 

Hamid alegou que o Hamas precisa de tempo para localizar todos os reféns na Faixa de Gaza. Segundo ele, a organização radical palestina tem intenção de soltar israelenses e estrangeiros desde o início da guerra, em 7 de outubro.

Conforme comunicado divulgado hoje por Daniel Hagari, porta-voz das Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês), há 229 pessoas em poder do grupo extremista. 

"Centenas de cidadãos e militantes de várias facções palestinas entraram nos territórios ocupados em 1948 e capturaram dezenas de pessoas, a maioria delas civis", disse o oficial. "Precisamos de tempo para achá-los em Gaza e então libertá-los", completou.

Ainda segundo Hamid, cerca de 50 reféns teriam morrido em decorrência de bombardeios de Israel à região. O Hamas liberou quatro mulheres nas últimas duas semanas, sendo duas idosas.

De acordo com o Ministério da Saúde de Gaza, órgão controlado pelo grupo extremista, mais de 7 mil palestinos foram mortos na região durante o conflito. O lado de Israel contabiliza em torno de 1,4 mil vítimas.