VIOLÊNCIA À MULHER
Para defender a mãe, adolescente ataca padrasto a pauladas; homem morre após golpe de mata-leão
Segundo o boletim de ocorrência, homem estava transtornado pelo uso de cocaína e subiu em cima da mulher para agredi-la com mordidas
Um homem de 28 anos morreu durante uma ocorrência de violência doméstica, registrada na madrugada desta sexta-feira (26/7), no Conjunto Habitacional João Domingos Netto, em Presidente Prudente (SP).
Segundo o registro policial, militares foram acionados até o endereço de uma família, que estaria brigando. Os vizinhos acordaram com gritos e sons de garrafas quebrando.
O homem de 28 anos, que era usuário de cocaína, e a mulher de 29 anos, viviam em união estável há seis anos. Na madrugada, ele estava usando a droga na cama do casal e avançou em cima da vítima, transtornado e muito agressivo, tentando morder e bater na mulher.
A filha dela, de 14 anos, tentou tirá-lo de cima da mãe. A adolescente contou para a polícia que pegou um pedaço de pau e começou a bater nas costas dele. Ainda mais transtornado, o homem teria pedido para ela continuar a agredi-lo porque algo “estava em cima dele e tinha que sair”.
Ainda de acordo com o boletim de ocorrência, o padrasto continuou agindo de forma violenta em cima da mulher. A estudante tacou três garrafas de vidro no homem, mas nada resolveu. Em sua última tentativa de afastá-lo da mãe, ela voltou a agredi-lo com o pedaço de pau e, a pedido dele, teria acertado a cabeça até sangrar.
Dois vizinhos ouviram os gritos das vítimas e entraram na casa para ajudar; eles chamaram a PM. Quando a viatura chegou, o agressor estava desmaiado.
Um dos vizinhos contou para a polícia que deu um mata-leão no homem, para que a vítima pudesse ser retirada debaixo dele. Ele o imobilizou com o golpe até a chegada da polícia, porque ele apresentava resistência; quando a viatura chegou, ele desmaiou.
Uma ambulância do Resgate também foi acionada e a equipe tentou fazer o procedimento de ressuscitação, mas ele não resistiu.
Mãe e filha foram levadas para a delegacia, onde foram ouvidas. A mulher passou por exame de corpo de delito, que constatou lesões pelo corpo.
A Polícia Civil, imediatamente, iniciou as apurações do caso e a perícia científica foi até o local para colher provas.
No registro, o delegado plantonista explicou que a adolescente usou os recursos que tinha para salvar a mãe, e que mesmo assim não conseguiu. Foi necessária a ajuda de dois vizinhos para interromper a agressão. A autoridade policial decidiu liberar as vítimas e considerou o caso legítima defesa e lesão corporal.
As apurações serão encaminhas para a Vara da Infância e Juventude. O corpo do homem passará por exame necroscópico.