PF prende cinco suspeitos de planejar golpe com assassinato de Lula, Alckmin e Moraes

Operação Contragolpe desarticula esquema que incluía militares e policial federal; planos detalhados indicavam ações antidemocráticas

PF prende cinco suspeitos de planejar golpe com assassinato de Lula, Alckmin e Moraes - Marcelo Camargo/Agência Brasil


A Polícia Federal prendeu cinco pessoas nesta terça-feira (19), durante a Operação Contragolpe, acusadas de planejar um golpe de Estado em 2022 para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e restringir o livre exercício do Poder Judiciário.


As investigações revelaram um plano chamado "Punhal Verde e Amarelo", que previa o assassinato do presidente eleito, do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. O grupo também planejava instituir um "Gabinete Institucional de Gestão de Crise" para gerenciar conflitos após o golpe.

QUEM SÃO OS PRESOS?

Hélio Ferreira Lima: ex-comandante de Forças Especiais em Manaus, especializado em operações sigilosas, já foi investigado por atividades antidemocráticas.

Mário Fernandes: general reformado e ex-assessor político ligado ao governo Bolsonaro, perdeu funções públicas por determinação do STF.

Rafael Martins de Oliveira: major acusado de financiar e organizar a logística de manifestantes em planos golpistas.

Rodrigo Bezerra de Azevedo: militar com alta qualificação, especialista em guerra não convencional e doutorando em Ciências Militares.

Wladimir Matos Soares: policial federal suspeito de integrar a organização criminosa.

AÇÕES DA OPERAÇÃO

Cinco mandados de prisão preventiva, três de busca e apreensão e 15 medidas cautelares foram cumpridos em estados como Rio de Janeiro, Goiás, Amazonas e Distrito Federal, com o apoio do Exército Brasileiro.

Entre as medidas cautelares estão a proibição de contato entre os investigados, entrega de passaportes em 24 horas e afastamento de funções públicas.

Os crimes investigados incluem abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa. A Operação Contragolpe segue em andamento com o aprofundamento das apurações.