ESTELIONATO
Polícia Civil de Urupês identifica grupo que aplicava golpes financeiros em idosos
Estelionatários passavam-se por vendedores de filtros de água e furtavam idosos em várias regiões do Estado de SP
A Polícia Civil de Urupês, na região Metropolitana de São José do Rio Preto, no interior de SP, identificou uma quadrilha que aplicava golpes contra idosos passando-se por vendedores de filtros de água. O prejuízo chega a mais de R$ 23 mil. Uma pessoa foi presa.
Para identificar o grupo, foi deflagrada a operação ‘Hidra de Lerna’, que investigou crimes de estelionato, furtos e fraudes. Dois inquéritos foram instaurados e concluídos; o último no mês passado.
De acordo com a Polícia Civil, foi necessária a quebra de sigilo bancário e telefônico dos cinco investigados, com idades de 34, 30, 31, 52 e 41 anos de idade, este último foi apontado como chefe do esquema criminoso.
Os integrantes, de acordo com a polícia, são moradores de Americana e Santa Bárbara d´ Oeste, cidades da região.
COMO OS CRIMINOSOS AGIAM
O chefe do bando era proprietário de uma falsa empresa de vendas de filtros de água no município. O grupo rodava a cidade oferecendo os galões de água na porta dos clientes e, conquistando a confiança deles, passavam na máquina de crédito, com os cartões das vítimas, valores mais altos do que haviam sido cobrados na venda.
Outra tática era, quando a venda não se consumava, os golpistas, ainda se aproveitando da confiança dos idosos, se dividiam. Um ficava conversando e distraindo os idosos. O outro circulava pela casa e furtava os cartões de créditos, que geralmente estão com a senha anotada.
Os criminosos faziam empréstimos bancários, saques, compras, e outras transações, além de compras de eletrodomésticos, compras em joalherias de luxo; abasteciam veículos nos postos de combustíveis, gastavam em oficinas mecânicas e também em restaurantes.
Um dos membros, de 30 anos, comprou um anel de noivado para a namorada, de 31, também integrante da quadrilha. A primeira vítima, de 75 anos, teve um prejuízo de R$ 5 mil; outra vítima, de 78 anos, perdeu R$ 18 mil no golpe.
OS CRIMINOSOS
O chefe do esquema, ‘proprietário’ da empresa falsa, foi reconhecido por uma vítima; teve os dados telefônicos comprovados, foi preso e condenado pela Justiça.
Segundo o delegado Sérgio Augusto Ugatti Durão, a maioria dos investigados já possui diversas anotações criminais de crimes patrimoniais, estelionato, roubo com violência, furtos, tentativas de homicídio, crimes sexuais, e outros. Trata-se de um grupo perigoso.
ORIENTAÇÃO
A orientação é para que os familiares com idosos em casa peçam para que eles não recebam vendedores na residência, e que não façam qualquer transação bancária ou compra de produtos, sem estarem acompanhados de um parente com condições de checar a veracidade da compra e o comprovante de pagamento.