Polícia Civil faz reconstituição de homicídio de adolescente estuprada pelo padrasto

Ana Cristina da Silva, de 15 anos, foi sequestrada, estuprada, assassinada e enterrada em um canavial pelo padrasto, o caseiro Adriano José da Silva, de 37 anos

Polícia Civil faz reconstituição de homicídio de adolescente estuprada pelo padrasto  - SBT Interior/ Melissa Alcântara


A Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de São José do Rio Preto, no interior de SP, realiza na manhã desta terça-feira (29/8) a reconstituição do homicídio que vitimou a adolescente Ana Cristina da Silva, de 15 anos. O autor do crime é o padrasto dela, André José da Silva, de 37 anos, que confessou ter sequestrado, estuprado, matado e enterrado o corpo da enteada em um canavial em Neves Paulista (SP).


O crime foi premeditado e aconteceu no dia 27 de julho, quando houve o sequestro no bairro em que a vítima morava com a mãe e o irmão, em Rio Preto. Segundo a Polícia Civil, Adriano teve uma união estável de 12 anos com a mãe de Ana, mas estava há cerca de três meses separado da mulher. Naquela sexta-feira, o homem invadiu a casa da ex, se escondeu embaixo da cama da vítima e esperou todos dormirem até poder surpreender a jovem.

Em seguida, sob ameaças, o criminoso levou Ana Cristina até o carro que ele havia alugado e dirigiu até a propriedade rural onde ele estava trabalhando como caseiro, em Mirassol, próximo a Rio Preto. No imóvel ele estuprou a adolescente e a matou esganada. Depois, o padrasto colocou o corpo da enteada no veículo e foi até um canavial em Neves Paulista, onde o enterrou em uma cova que ele já havia deixado aberta. 

Hoje, na reconstituição, Adriano disse que tinha um relacionamento de confiança com Ana e que ela o chamava de pai. Ele afirmou que convenceu a adolescente a ir com ele até a casa com o objetivo de mostrar o espaço para ela. 



(Arquivo pessoal/ Facebook)

O sbtinterior.com acompanhou o drama familiar sofrido por Carla Cristina da Silva do Nascimento, que não mediu esforços para encontrar a filha quando ela acreditava que Ana estava desaparecida e viva. Adriano foi preso no dia 4/8, por investigadores da DDM, perto de Olímpia, após ligar para a ex-mulher explicando que iria retornar para Rio Preto e contar a ela “tudo o que havia acontecido”.



(Arquivo pessoal/ Divulgação)

As investigações apontaram, por meio de cartas deixadas pela vítima, que os estupros aconteciam desde quando Ana tinha apenas três anos de idade. Adriano nega as acusações e afirmou para a polícia ter cometido o estupro apenas no dia do crime.