Polícias Militar e Civil trabalham para identificar traficantes na região central de Rio Preto

Os setores de Inteligência das policias Militar e Civil de São José do Rio Preto (SP) trabalham para identificar traficantes que atuam na região central da cidade. A informação foi divulgada nesta terça-feira (9), em reunião realizada pelo Comitê formado em busca de soluções para resolver a concentração de moradores em situação de rua no Calçadão e na área comercial do município.

O encontro reuniu representantes do Ministério Público, Judiciário, Polícia Civil, PM, vereadores, membros da Associação Comercial e Empresarial de Rio Preto (Acirp), secretários e o prefeito Edinho Araújo, além de comerciantes e representantes de entidades sociais.

A discussão tem sido levantada insistentemente por comerciantes e munícipes, que relatam ocorrências de vandalismo, furtos, roubos, uso de drogas e violência.

Para entender a realidade da população de rua e entrar num consenso com os empresários, o líder do Comitê e juiz da Vara da Infância e Juventude, Evandro Pelarin, visitou os locais de grande concentração desses moradores em vulnerabilidade social. Por meio de uma abordagem baseada no diálogo, o magistrado conseguiu, em parceria com entidades, a internação de 12 pessoas com dependência química. Destas, apenas duas continuam o tratamento.

“Eu não tinha um olhar que deveria ter e nessa situação é preciso ter um olhar humanitário, empático, persistente e compreensivo. Não podemos desistir dessas pessoas. O momento é de reunir forças”, disse Pelarin.

Segundo o coronel e comandante do CPI-5 da PM Carlos Enrique Forner, levantamentos apontam que 60% das pessoas em situação de rua são usuárias de drogas. O policial militar afirmou que a PM fará uma força-tarefa para identificar os traficantes que atuam na região central, sobretudo, nos pontos de tráfico existentes em torno da Rodoviária. O objetivo é exterminar os locais.

Na noite de ontem (8), um morador em situação de rua, de 30 anos, foi assassinado a tiros na avenida José Munia. De acordo com a PM, ele tinha uma dívida por drogas no valor de R$ 30. Segundo o boletim de ocorrência, os disparos foram feitos por um homem que estava na garupa de uma moto. Jonas Miranda de Oliveira Júnior foi morto na frente da mulher, que vivia com ele em uma barraca no canteiro central da via.  

O prefeito Edinho Araújo disse que busca por soluções em parceria com as secretarias envolvidas e as autoridades, mas a realidade não é simples.

Os trabalhos, que já duram 17 dias, continuarão em andamento.