Popularidade de Bolsonaro tem o pior índice nos últimos quatro anos na internet

Segundo o levantamento, invasão e quebradeira em Brasília contribuíram para a queda

Popularidade de Bolsonaro tem o pior índice nos últimos quatro anos na internet - Fábio Rodrigues Pozzebom/ Agência Brasil


O Índice de Popularidade Digital (IPD), calculado diariamente pela empresa de pesquisa e consultoria Quarest, apontou o menor nível de popularidade do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) nos últimos quatro anos na internet. Os dados divulgados na última segunda-feira (9) mostram que o ex-presidente marcou 21 pontos no indicador que varia de 0 a 100 pontos.


O motivo pode estar relacionado aos atos terroristas provocados por seguidores radicais de Bolsonaro no último domingo (8), em Brasília. Antes da ação terrorista, no sábado (7), o desempenho de Bolsonaro nas redes sociais alcançou a marca dos 40 pontos.

O longo silêncio de Bolsonaro após ser derrotado por Lula (PT) nas eleições de 2022 também contribuiu para que os números viessem caindo.

Ainda segundo a pesquisa, o pico da popularidade do ex-chefe do Executivo foi no dia 7 de outubro – entre o primeiro e segundo turno das eleições de 2022 -, com 88,1 pontos. Essa foi sua melhor performance desde que o índice passou a ser diário, a partir de janeiro de 2019.

O índice é calculado através de um algoritmo de inteligência artificial que coleta e processa 152 variáveis das plataformas Twitter, Facebook, Instagram, Youtube, Wikipédia e Google.

Na nota final são consideradas cinco dimensões: fama (número de seguidores), engajamento (comentários e curtidas por postagem), mobilização (compartilhamentos), valência (proporção de reações positivas e negativas) e interesse (volume de buscas).

O peso que cada dimensão tem é determinado por um modelo assimilado pela máquina a partir dos resultados reais de eleições anteriores, com milhares de candidaturas monitoradas pela Quarest.

Desde o fim do ano passado, Bolsonaro viajou para Orlando, nos Estados Unidos, e não participou da cerimônia que tornou Lula o presidente do Brasil pelos próximos quatro anos. 

(As informações são da Folha de S. Paulo).