ECONOMIA
Salário mínimo de R$ 1.518 entra em vigor em 2025, com reajuste de 7,5%
Decreto publicado no Diário Oficial detalha nova regra de cálculo, alinhada ao arcabouço fiscal
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva oficializou, nesta terça-feira (31), o reajuste do salário mínimo para R$ 1.518, a partir de 1º de janeiro de 2025. O decreto, assinado por Lula e pelos ministros Fernando Haddad (Fazenda) e Luiz Marinho (Trabalho), foi publicado no Diário Oficial da União.
Conforme o texto, o novo valor diário será de R$ 50,60, enquanto o valor por hora corresponderá a R$ 6,90. O aumento de R$ 106, equivalente a 7,5% em relação ao salário atual de R$ 1.412, já segue as novas regras de atualização definidas no arcabouço fiscal aprovado pelo Congresso.
COMO O REAJUSTE FOI CALCULADO
Pelas regras iniciais do governo Lula, o reajuste do salário mínimo era baseado no Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), somado ao crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos antes. No entanto, para se alinhar ao arcabouço fiscal, o governo estabeleceu um limite: se o crescimento do PIB for maior do que o avanço real das despesas públicas, o reajuste do salário mínimo será equivalente ao mesmo índice das despesas, com teto de 2,5%.
Para 2025, o cálculo combinou a variação de 4,84% do INPC e um aumento real de 2,5%, resultando no novo valor de R$ 1.518.
IMPACTOS ECONÔMICOS
Com a adoção das novas regras, a equipe econômica do governo prevê uma economia de R$ 15,3 bilhões nos próximos dois anos, uma medida que faz parte do pacote de contenção de gastos públicos.