Saúde de Rio Preto adota medidas para contornar aumento de pacientes nas UPAs

Para contornar o aumento constante na demanda por atendimentos nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e Prontos-Socorros de São José do Rio Preto (SP) nos últimos meses, a Secretaria Municipal de Saúde está priorizando a transferência dos pacientes em estado de risco e que necessitem de maior rapidez no atendimento hospitalar para alguns hospitais da cidade.

De acordo com a pasta, houve também, no período, uma ocupação maior e mais prolongada dos leitos disponíveis nas unidades, gerando consequências para o andamento normal das UPAS e Prontos-Socorros. A transferência dos pacientes está sendo acompanha pela Secretaria com os meios disponíveis dento do sistema de saúde.

No mês de dezembro de 2022 foram transferidos através da regulação do SAMU, 1.100 pacientes das UPAS para a Santa Casa e 250 para o Hospital de Base, regulados pela CROSS. Somando todos os encaminhamentos, no ano de 2022, o SAMU conseguiu 11.469 vagas na Santa Casa e 4.839 no Hospital de Base.

Ainda de acordo com a Secretaria, o município mantém o convênio com a Santa Casa, regulando diretamente os pacientes para a unidade, que tem a capacidade instalada em seu nível máximo. Quanto ao Hospital de Base, que tem gestão estadual, as transferências são reguladas pelo SIRESP - Sistema Informatizado de Regulação do Estado de São Paulo – sem intervenção do município. A regulação de eventuais vagas para moradores de Rio Peto não ocorre na mesma proporção da demanda registrada.

Em relação aos atendimentos em ortopedia, a pasta informou ainda que os casos de média complexidade estão começando a ser transferidos ao Hospital Municipal Dr. Domingo Marcolino Braile, dentro do planejamento estabelecido para a implantação gradativa do hospital. Ontem (8) foram liberadas 10 vagas de procedimentos ortopédicos para o referido hospital. Os casos de alta complexidade continuam sendo atendidos nos hospitais de referência, demandando o aguardo de vagas.

A Secretaria da Saúde reafirmou que promove permanentemente a ampliação e renovação dos quadros multiprofissionais das UPAS e unidades de pronto atendimento e registra que, apesar da crescente demanda, até o momento, embora com aumento do tempo de espera por falta de leitos, não houve qualquer registro de paciente desassistido.

Este aumento da demanda nas unidades está relacionado a importantes fatores.  A pandemia de covid-19 produziu efeitos devastadores na saúde, tanto nos sistemas de atendimento quanto nas doenças de base das pessoas. Some-se a isso o fato de Rio Preto ser sede da Região Metropolitana e centro médico de referência nacional.

Atualmente a pasta tem mais de um milhão de cadastros e usuários “moradores” em Rio Preto, para uma população real estimada em 540 mil pessoas, aproximadamente. Há, portanto, uma procura externa no sistema de atendimento da cidade, que registra quase 5.000 procedimentos por dia.

Para contornar este movimento de demanda externa e dar a cada município da região a responsabilidade pelo seu paciente, a Secretaria faz um recadastramento constante dos registros para, gradativamente, cessar atendimento daqueles que não são, comprovadamente, moradores da cidade.