Os franceses e sua música filtrada, viva a frenchhouse!

O movimento é bem maior e os elementos inseridos e a ideia do “rolê”, vem de vários acontecimentos e filosofia musical

Os franceses e sua música filtrada, viva a frenchhouse!     -


Salve salve pixxtinha gostosa do QSD! Bora que hoje vamos mergulhar literalmente na pista de dança. Hoje com estilo e glamour que só a França pode nos proporcionar. Mas, não é de moda e muito menos de crepe que a gente vai escrever aqui hoje, vamos falar da French House ou French Touch ou Filter House.

French House? Oi? Por que justamente os franceses? As respostas são fáceis, primeiro quando se fala na terra da Torre Eiffel, já vem imediatamente na mente o duo maravilhoso Daft Punk (formados por Thomas Bangalter e Guy-Manuel de Homem Christo), que mudou a forma de ouvir música eletrônica com seu Homework em 1997, com músicas emblemáticas, como por exemplo: Da Funk, Phoenix (minha predileta), a clássica Around the World que é uma obra prima e com um videoclipe altamente criativo e complexo (o clipe nada mais mostra as batidas, as entradas e saídas de elementos envolvido na faixa do“disco”).

Poderia ser ali o pontapé da French House? Sim, mas o movimento é bem maior e os elementos inseridos e a ideia do “rolê”, vem de vários acontecimentos e filosofia musical. Se a gente voltar pelo menos duas décadas antes, anos70, explosão dos clubs e da disco music, a emblemática Spacer de Cerrone e BDevotion começava a dar um passo diferente naquilo que a disco se propunha, a música era uma viagem, também tivemos o Giorgio Moroder, pioneiro desse disco mais melódico e usando elementos como synths, filtros e elementos da disco music. Pois bem, anos 90, Londres transpirava e mergulhava no Acid House, no Drum’ n’ Bass, as raves cada vez mais fortes, a meca.

Enquanto isso jovens artistas e produtores franceses apaixonados por aquela disco setentista queriam misturar esses elementos a nova cara dos clubbers noventistas com a energia da criatividade de synths poderosos, uma linha Bass acentuada e uma linha de filtros, vocais “mais” sujos e com uma pegada do funk com inspirações de bandas dos anos 70, nascia realmente ali, na segunda metade dos anos 90 a French House. Alan Braxe, DJ Falcon, Daft Punk, Justice, Phoenix, LeKnight Club, Cassius, David Guetta, Modjo, Ian Pooley, Louis La Roche, BobSinclar, Lifelike, Stardust, Mr. Oizo, Martin Solveig, Dmitri From Paris, eu poderia colocar até o Laurent Garnier, mas ai algum bom entendedor poderia me falar que o francês já estava totalmente inserido na cena Londrina e por ai vai... Esses nomes são alguns que podemos dizer que fizeram a “revolução francesa” para as pistas.

Mas cabe lembrar boas músicas e artistas em específico: Thomas Bangalter – Lança Roulé Roulé... a metade DaftPunk já mostra pra onde seria traçado o caminho... batidas fortes e envolventes com synths, abuso total de filtros e afins, se torna um grande rastro de pólvora por onde passa. Daft Punk – Homework de 97 mostra a grande primeira mudança em conceitos, eleva a dupla de robozinhos ao cenário comercial (mainstream), mesmo com um álbum totalmente underground. Destaque para Around the World, Phoenix, Teachers,High Fidelity. Depois a gente já sabe que a dupla foi capaz, mudaram totalmente a visão da música eletrônica, se tornaram cidadãos do mundo! Stardust – Music Sounds Better of You (uh baby!), é a colab mais incrível de todos os tempos, unindo Thomas Bangalter, Alan Braxe evocais marcantes de Benjamin Diamond, colocaram esse hit em patamares altíssimos, pra ser ter uma ideia, Stardust é executada até hoje e com certeza um ponto alto na pista. Bob Sinclar – Um gênio. Faz parte do movimento FrenchHouse e tem músicas e álbuns emblemáticos. Quem nunca cantou Love Generation,World, Hold On, Give lil’ love, álbum maravilhoso A Western Dream, muitas outras, se eu começar a escrever os hits dele, não acaba mais a coluna. Modjo – Quem nunca cantou “Lady, Hear me Tonight!”...  Enfim, pesquise, Cassius, Martin Solveig, o próprio David Guetta, que comercialmente hoje é totalmente envolvido ao EDM, mas suas raízes estão fincadas no French House, tanto que essa saudade toda fez com que o artista criasse um pseudônimo de Jack Back, para voltar produzir House Musice com todos os elementos da escola da French House.

 E por fim, por que mesmo estamos falando de FrenchHouse? Simples, Alan Braxe e a lenda DJ Falcon estão de volta com um EP com a cara da escola francesa de fazer música boa, o Creative Source. Um EP que vem com participações de A-Trak, com músicas matadoras como Step By Step e Love me. Acredito eu que, nunca os franceses estiveram tão em alta. A gente se vê por aí, toda sexta agora no youtube eu também libero o rádio show do QSD, estreia pra sexta dia 02 de Setembro às 17h00. 


. Até mais.

Comentários