ABORTO
Mulher é presa em flagrante suspeita de vender medicamentos abortivos
A polícia chegou até a suspeita depois de uma denúncia anônima

De acordo com o boletim de ocorrência, nesta segunda-feira (3), por volta das 9h da manhã, a central de flagrantes de Araçatuba (SP), recebeu uma ligação de uma pessoa fazendo uma denúncia anônima.
Na ligação, o denunciante dizia que uma mulher estava seguindo de ônibus de São Paulo (SP) para Araçatuba, e que ela chegaria às 17h30 trazendo uma grande quantidade de "Cytotec", medicamento abortivo de venda proibida.
O indivíduo que fez a denúncia ainda passou todas as características físicas e a vestimenta da suspeita.
Ao longo do dia o denunciante continuou a fazer ligações para a delegacia passando informações sobre o itinerário do ônibus onde estava a suspeita e questionando sobre o que seria feito pela polícia.
Por volta das 17h40, o denunciante ligou mais uma vez e disse que a suspeita já estava na rodoviária de Birigui (SP).
A equipe de plantão foi até o local e viu a mulher com as características da suspeita. A mulher foi abordada e disse para a polícia que estava na cidade para visitar parentes. Em seguida ela falou que já iria pegar o ônibus de volta para a capital, que tinha vindo para o interior fazer um pequeno passeio.
Depois de um tempo ela acabou entregando a bolsa para os policiais que encontraram uma cartela do medicamento abortivo.
Questionada sobre a medicação, a suspeita disse que seria para pressão arterial.
Diante dos fatos a autoridade policial decidiu por conduzir a suspeita até a delegacia e pediu a senha dos celulares da mulher.
Nos celulares foram verificadas várias conversas, áudios e fotos que demonstravam a venda do medicamento abortivo e o auxílio em atos para realizar o aborto, inclusive com fotos de fetos abortados.
A suspeita continuou se contradizendo e falou, em determinado momento, que achou que estava grávida e que teria comprado o medicamento para uso próprio. E, como acabou menstruando, decidiu vender o remédio.
Diante de todas as provas colhidas, a mulher foi presa em flagrante e vai ser investigada por falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de produto destinado a fins terapêuticos, ou medicinais, vez que a indiciada estava com o remédio "cytotec", um medicamteno abortivo que não pode ser comercializado em farmácias e têm uso restrito em hospitais.
O delegado responsável pelo registro da ocorrência já representou pela conversão do flagrante em preventiva.