RIBEIRÃO PRETO
PM suspeito de matar jovem baleada é solto no interior de São Paulo
Policial atirou mais de 10 vezes em avenida movimentada de Ribeirão Preto e alega que reagiu a assalto
O policial militar Maicon de Oliveira Santos, de 35 anos, suspeito de matar a jovem Julia Ferraz, de 27 anos, foi solto na tarde da última terça-feira (15/8), no interior paulista. Mais cedo, o Tribunal de Justiça de São Paulo concedeu liberdade provisória ao policial com a condição de que ele se apresente em juízo mensalmente e que só saia de casa para trabalhar.
(Reprodução/ Redes Sociais)
Maicon atirou mais de 10 vezes contra dois rapazes em uma moto, numa avenida movimentada de Ribeirão Preto. Um dos disparos atingiu Julia Ferraz, de 27 anos, que tinha acabado de sair de um bar com um amigo. Em depoimento, o PM alegou que tentava impedir um assalto. O advogado de defesa dele disse que vai provar que o policial foi vítima da criminalidade e reagiu atingindo uma inocente.
Os jovens que estavam na moto também ficaram feridos. Um deles precisou passar por cirurgia. O outro chegou a ser preso, mas foi liberado. A delegada do caso considerou que houve excesso na conduta do PM. Os advogados de defesa dos rapazes alegam que eles pararam o policial para pedir informação sobre baladas da região.
"O policial sacou a arma, eles se assustaram e aceleraram a moto. Foi quando o policial passou a efetuar diversos disparos. Em momento algum ambos estavam armados", disse Luis Felipe Rizzi Perrone, advogado de defesa de um dos jovens.
O policial militar responde por duas tentativas de homicídio e pela morte da jovem. Julia Ferraz era casada e tinha duas filhas, uma de sete e outra cinco anos. Uma amiga da vítima, que não quis se identificar, disse que o policial estava bebendo em um bar perto dali e que estava embriagado no momento dos disparos.
"A Polícia Militar esclarece que apura todas as circunstâncias dos fatos por meio de Inquérito policial militar (IPM). Na manhã desta terça-feira (15), o PM foi solto durante a audiência de custódia. Ele permanece exercendo funções administrativas", afirmou a Secretaria de Segurança Pública em nota.