TJSP confisca bens e condena ex-diretor do DER de Bauru por lavagem de dinheiro

As informações foram divulgadas pelo Grupo de Atuação Especial e Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), braço do Ministério Público de São Paulo

Os desembargadores da 12ª Câmara de Direito Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo condenaram o ex-diretor do Departamento de Estradas de Rodagem (DER) Dênis Paulo Nogueira Lima a três anos, sete meses e seis dias de reclusão por crimes de lavagem de dinheiro 'praticados de forma reiterada'.

As informações foram divulgadas pelo Grupo de Atuação Especial e Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), braço do Ministério Público de São Paulo.


Os magistrados acolheram recurso do Ministério Público. Os promotores questionaram decisão da 4.ª Vara Criminal de Bauru, no interior do Estado, que absolveu Dênis Paulo por falta de provas.

O colegiado também atendeu pedido da Promotoria ao determinar o perdimento de bens em favor da União - imóveis localizados em condomínio residencial fechado na cidade de Bauru e um automóvel

Trata-se da segunda condenação criminal de Dênis Paulo por ações movidas pelo Ministério Público de São Paulo. Em 2018, ele foi sentenciado no bojo da Operação Estradas. A ofensiva, aberta dois anos antes, apurou formação de organização criminosa e peculato envolvendo contratos administrativos firmados entre o DER e cinco empresas de engenharia.

No âmbito de tal processo, Dênis figurava como delator - foi inicialmente condenado a seis anos e dez meses de prisão, mas devido a um acordo de delação premiada fechado com o Ministério Público, teve a pena privativa de liberdade convertida em medidas cautelares.

Até a publicação deste texto, a reportagem buscou contato com a defesa de Dênis Paulo Nogueira Lima, mas sem sucesso. O espaço está aberto para manifestação.