Moro, Doria, D'Avila e Tebet cobram posição do Bolsonaro

Presidenciáveis querem que governo se posicione em defesa da Ucrânia

Moro, Doria, D'Avila e Tebet cobram posição do Bolsonaro - Reprodução


Os pré-candidatos à Presidência da República Sérgio Moro (Podemos), João Doria (PSDB), Simone Tebet (MDB) e Felipe d’Avila (Novo) publicaram, nas redes sociais nesta terça-feira, 1º, um manifesto assinado em conjunto em apoio à Ucrânia, em que eles pedem ao governo brasileiro “que se posicione e que una às nações que defendem a soberania” do país do leste europeu.


O texto ainda diz que não há espaço para neutralidade quando os princípios da defesa da paz, da soberania nacional e da legitimidade da ordem internacional são violados. O ataque militar à Ucrânia, diz o comunicado, “coloca em risco a soberania de países que lutaram contra os tiranos por liberdade e inserção na comunidade das nações”.

Reticente

Neste domingo, 27, o presidente Jair Bolsonaro evitou condenar a invasão da Ucrânia e se mostrou reticente em relação à possibilidade de a comunidade internacional impor sanções à Rússia. “Para nós, a questão do fertilizante é sagrada. E nossa posição, como acertado com o Carlos França, é de equilíbrio”, declarou.

Os presidenciáveis pedem à Rússia que “retome o caminho da diplomacia para a restauração da paz” e oferecem solidariedade ao povo ucraniano.

Sol e praia

Enquanto opositores cobravam posicionamento do governo sobre o conflito em solo ucraniano, o presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), aproveitou o calor do litoral paulista para passear de moto-aquática e almoçar na Fortaleza de Itaipu, em Praia Grande, nesta terça-feira de Carnaval.

Por volta de 9h30, a comitiva presidencial deixou o Forte dos Andradas, em Guarujá, mas o presidente não estava em nenhum dos veículos, já que saiu pelo mar, de moto-aquática.

Durante o percurso, Bolsonaro parou na Ponta da Praia, em Santos, onde cumprimentou os presentes e tirou fotos com apoiadores. Assim como nesta segunda-feira, 28, o chefe do Executivo federal também foi hostilizado.

Xingamentos

Ao chegar em Praia Grande, o presidente parou para atender os banhistas e ouviu xingamentos. Um rapaz que estava na faixa de areia entrou no mar para falar palavras de desagrado. Os apoiadores começaram a hostilizar e jogar água no homem, que foi retirado por uma mulher e alguns apaziguadores.

Jair Bolsonaro está no município litorâneo desde o último sábado, 26. Ele deve voltar a Brasília nesta quarta-feira de cinzas. Esta é a décima vez em que o presidente tira dias de folga no Guarujá.